domingo, 19 de agosto de 2018

Praia do Barril - Dia 2

13 de agosto - dia de (re)visitar Tavira
 
Estacionei fora do centro histórico, junto ao Bairro do Cano, com o objetivo de fazer o percurso até ao Rio Gilão, a pé pelos becos e ruelas desta urbe multissecular. A reconquista de Tavira aconteceu no ano de 1242 pela Ordem de Santiago.
 
Ao iniciar, deparei-me logo com este belo enquadramento, que tinha de ser registado - rua do Alto do Cano.
 
Mais uns metros e encontramos a Ermida de São Roque, que ficava fora da antiga malha urbana, mas junto à porta da muralha medieval.
 
 
Na Rua dos Bombeiros Municipais, junto à Ermida de S. Roque, existe um pequeno largo, com um conjunto de casas bem interessantes.
Uns metros à frente, outra casa digna de registo.
 
 
O percurso acabou por ser desenhado pelas sombras, pois estava um calor abrasador. Na rua dos Mouros, sentado à soleira de uma porta, desenho um novo enquadramento - uma das torres da muralha antiga.
Continuo a  caminhar, agora seduzido por um conjunto de torres sineiras, até que encontro a Igreja de Santiago e a um nível superior a Igreja de Santa Maria do Castelo, junto ao Castelo. Subi as muralhas do Castelo, recentemente intervencionadas, onde podemos ter uma vista panorâmica de 360º sobre Tavira. Recomendo a visita. Optei por desenhar a igreja de Santiago, atraído pela complexidade de volumes reveladores da riqueza de uma história construída ao longo dos séculos.
 
 
O Jardim no interior do Castelo também é digno de registo, tendo em conta a beleza da vegetação ali presente, a textura e a cor da muralha e como se não fosse suficiente, temos um belo enquadramento das torres da Igreja de Santa Maria. (confesso que o melhor de tudo, foi a sombra proporcionada pelas árvores).
Quando estava no topo das muralhas avistei uma abobada que pertence ao antigo Convento de São Francisco. Fiz-me ao caminho para conhecer melhor o edifício e claro, para mais um desenho, sentado num pequeno jardim frontal ao edifício religioso construído entre os séc. XII e XIV. Hoje. Pelo que consegui perceber, encontra-se devoluto e a entrar num processo de degradação preocupante.
 
 
Ir a Tavira e não ver o Rio Gilão, é como ir a Roma e não ver o Papa. Um dos ex-líbris de Tavira é a ponte romana que permite a ligação das duas margens do rio Gilão. Após atravessarmos a ponte que agora é pedonal, encontramos uma passagem
 que nos leva até à Rua Borda D´Agua da Asseca, onde encontramos vários restaurantes com umas belas esplanadas com vistas privilegiadas.
 
 
No regresso, já na outra margem, não resisti a mais um desenho.
 
 
O Final do dia ficou marcado pela visita ao Festival do Marisco em Portimão, seduzidos pela voz de Vanessa da Mata.
 
 
 
 

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Praia do Barril - Dia 1

A praia do Barril localiza-se no Parque Natural da Ria Formosa, a meio da ilha de Tavira. Uma das singularidades desta praia, é o percurso de acesso, que pode ser feito a pé ou através do comboio turístico, mas ambos permitem contemplar a beleza natural da Ria. Saindo do aldeamento Pedras D'el Rei, passamos pelas vendedoras ambulantes (roupa e fruta), seguindo-se a ponte pedonal de acesso ao apeadeiro do comboio turístico. enquanto uns mais corajosos fazem-se ao caminho, outros resguardam-se à sombra à espera do comboio, contemplando a paisagem.  


Depois de uma agradável viagem de 1 Km, chegamos à zona dunar, onde encontramos um conjunto edificado, hoje totalmente dirigido ao turismo, com lojas, cafés, bares e restaurantes, incluindo o Museu-Restaurante do Atum. Mas antes do glamour do turismo, estas casas albergavam os pescadores da faina do atum e as suas famílias (cerca de 80 famílias). 


Este conjunto era conhecido como Arraial ou Armação e foi construído em 1841, tendo funcionado até 1966. A azáfama da faina deu lugar à descontração e lazer dos turistas. O Arraial tem umas esplanadas e sombras ideais para uma café, uma água e uma leitura, ou então para um desenho. 


Nas dunas encontramos do Cemitério das Âncoras, uma homenagem aos pescadores que aqui trabalharam e à vida dura que tiveram.


Aldeamento Pedras D'el Rei - Construído na década de 1970, com uma área de construção bastante reduzida, onde os espaços verdes predominam. Mais do que um aldeamento, é um local de reencontros de várias gerações, onde se juntam famílias, acontecem namoros de verão, e namoros que dão em casamentos, onde se criam amizades, os amigos do churrasco, da bola, do ténis ou da piscina. O local ideal para descansar. 


domingo, 5 de agosto de 2018

Desenhar a Encosta

Em Torres Vedras, durante a ultima semana, Lurdes Morais, JC Clewton e Dina Domingues foram desenhando a Encosta de São Vicente e as suas histórias, num projecto de registo anual das transformações físicas e sociais emergentes enquanto decorre o processo de regeneração urbana, eu tentei acompanhar ao fim do dia.