quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Berlengas - tarde

 

 

Almoçámos junto ao farol, num pátio junto às casas do investigadores e dos vigilantes.


Do lado oposto existe outro pátio, aqui território dos faroleiros. Enquanto esperávamos pelo faroleiro Coutinho, aproveitei para fazer este registo.


Apesar do nevoeiro decidimos subir ao topo do farol. Foi uma decisão  muito acertada, tendo em conta a aula de História dada pelo Mestre Coutinho.


Para além da história da construção dos faróis e a evolução tecnológica que têm sofrido ao longo dos séculos, ainda nos contou alguns episódios sobre a vida dos faroleiros e suas famílias.


Depois da visita ao Farol , fomos conhecer esta bela construção - a Casa do Forno. Até ao 25 de abril a ilha alojava 8 famílias (7 faroleiros e um mestre). Este forno funcionava de dia e de noite e matou a fome a muita gente, mas também era um espaço de convívio e partilha.


A caminho do Forte, encontrámos esta planta endémica. A Lurdes explicou-nos que na Idade Média, devido ao seu odoro, foi utilizada como repelente para as pulgas.


Ao descermos até ao Forte S. João Baptista, somos deparados com uma paisagem digna de postal. A forma do Forte, a sua cor e textura, a contrastar com a cor do mar, deixam-nos sem fôlego.


Vários investigadores referem que em 1513 já existia nas Berlengas, no local do actual restaurante, um Mosteiro da Ordem de São Jerónimo, de apoio aos marinheiros. O seu abandono terá sido provocado pelos sucessivos ataques de piratas. Em 1651, D. João IV mandou edificar o Forte, tendo sido utilizados materiais do antigo mosteiro. Após ter perdido a sua função, ainda no século XIX, fica votado ao abandono servindo de apoio a pescadores. Já no século XX é transformado em Pousada que terá funcionado apenas até ao 25 de abril. Novamente o abandono, pelo menos até à apropriação do espaço por parte da Associação "Os amigos das Berlengas", que ainda hoje dinamiza o espaço.



O antigo refeitório da Pousada (desenho infra), é hoje um bar. 


Tudo o que é bom tem um fim - o último desenho antes da partida. No entanto, ainda houve tempo para uma visita às grutas.


Um dia inesquecível. Parabéns Berlengas, pelos 37 anos de Reserva Natural.

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